Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. C.Chaplin

Nome:
Local: São Paulo, SP, Brazil

Jornalista, integrante da missão Manuela Saéz, a libertadora do libertador Simón Bolívar: nossa missão? Libertar o mundo da desinformação midiática



terça-feira, setembro 26, 2006

Quando as estrelas caem no meu quintal

Se fosse meio-dia...
Não poderia beber do doce que o orvalho oferece
Sentar-me na grama úmida
De orvalho
Sentindo pelo corpo o leve arrepio
A calma brisa passa lentamente
o céu nublado

Se fosse meio-dia...
Estaria a dormir em qualquer esquina
o leve vento que balança
O gramado torna-se a cama ideal
O céu se abre
O frio é dissipado por um calor entorpecente
... Se deitasse... Se deitar
Mais molhada
Mais quente

Se fosse meio-dia
Estaria entregue à sorte. Passado o torpor, seria como se a vida tivesse ido embora...
Era noite. Tarde da noite
A grama molhada com o orvalho salgado
O céu amplo e infinito não delimita os limites para o desejo de
para o desejo de flutuar sobre as nuvens
De pernas para o ar. De ponta cabeça
Cada vez mais alto
Cada vez mais quente
Deitada
Molhada
Amada...
No céu, visivelmente reconhecia-se a constelação de Órion
Órion que em sua caça persegue as plêiades fugitivas
fugindo
Perdida
Querendo estar perdida
Encontrada.
Óreon em seu golpe final
Arremata a plêiade com sua espada

Se fosse meio-dia
As estrelas não cairiam no meu quintal.






1 Cante! Grite!, Poesie!:

Anonymous Anônimo said...

Olá!!

03 outubro, 2006 08:12  

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