Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. C.Chaplin

Nome:
Local: São Paulo, SP, Brazil

Jornalista, integrante da missão Manuela Saéz, a libertadora do libertador Simón Bolívar: nossa missão? Libertar o mundo da desinformação midiática



segunda-feira, junho 30, 2008

A filosofia da alcova

O coletivo da borboleta
O efeito borboleta
Fazer borboleta
Ser.
O bater de asas da borboleta
O ser borboleta
O efeito de bater das asas da borboleta
Bater.
A transformação da borboleta
O borboletar da transformação
O transborboletear
Borboletar.

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O filme de ontem a noite ainda passava ba sala da minha memória. E eu estava no sofá. no sofá assistindo passar o filme da minha vida. Como seria se eu fosse uma mulher? O filme continuava ininterruptamente.
O sofá macio não permite que eu aja. Só falta a pipoca.
O que meus olhos vêem não me apraz. Hoje eu parei no farol e um menino veio pedir. Não abri os vidros, nem me comovi. Afinal, existem tantos dele, que não pude me permitir cometer a injustiça de ajudar a um e deixar os outros à deriva... Não abri e ele me olhou nos olhos... Oras... não achei aquele olhar triste, ou digno de piedade.
Não sou insensível, como deve estar pensando. Antes de me criticar, ouça! Aconteceu que naquele momento, por exemplo, estava pensando no coletivo da borboleta e era um grande problema! Esse sempre é um grande problema! Só que é um problema bonito, gostoso de se pensar. Você consegue entender? Você já pensou no que pensa uma borboleta? Você não sabe porqie não se importa! Mas eu me importo! Elas são....... Pára!! Eu sei que não acha importante! Eu sei, e quero só que me ouça! Não me julgue asisim! Pára! Não fala assim comigo!...
Oh... ela batia as asas, aí o menino voava em cima daquela flor que era de pneu de caminhão e aí ele virava um lagarto mau, que queria comer a borboleta, a minha borboleta, e a borboleta era o menino agora e ele estava do lado de fora e aí a borboleta entrava no carro e eu queria ajuda, mas eu não podia, eu não podia porque você estava o tempo todo lá, você sentava do meu lado e falava para eu abrir a janela, mas você viu que ele estava com a borboleta e eu não salvei o menino daquele fragão, porque você estava lá, e você sempre está lá, o menino teve que morrer, e agoa você também vai!

E ele quebrou o espelho e deitou sobre os cacos, para ser a última vez que ela o feriria.

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